Financiamento Imobiliário: saiba mais sobre essa modalidade
Pagar uma casa própria à vista ainda é um grande privilégio para a maioria dos brasileiros, mas, ao longo dos anos, “o sonho da casa própria” tornou-se mais fácil de conquistar graças às variadas linhas de crédito ofertadas pelas instituições financeiras, como é o caso do financiamento de imóvel.
O financiamento imobiliário viabiliza a compra de imóveis para quem não dispõe de dinheiro no momento, com maior facilidade de pagamento e taxas de juros mais baixas.
Se você também está pensando em fazer um financiamento de imóvel, continue a leitura e entenda mais sobre o assunto.
Como funciona um financiamento imobiliário
O financiamento é nada mais do que uma modalidade de empréstimo oferecido por diversas instituições financeiras para facilitar a compra de algum bem, como carro ou imóvel.
No caso do financiamento do imóvel, o banco adquire o imóvel e o cliente paga à instituição o valor emprestado por meio de parcelas mensais conforme estabelecido em contrato. Para que o comprador seja considerado “dono” do imóvel ele deverá ter concluído o pagamento correspondente ao dinheiro emprestado pelo banco.
Feito isso, o comprador deve se dirigir até o banco e conversar com seu gerente que vai lhe explicar sobre as condições e dar início as etapas que permitirão a liberação de crédito. O imóvel financiado por ser novo, usado ou direto na planta.
Uma das principais vantagens do financiamento imobiliário é facilitar a aquisição de um imóvel para pessoas cuja realidade financeira atual não lhe permitiria bancar o valor total para sua compra. Com a possibilidade de utilizar o FGTS, seja como parte da entrada ou no abatimento do saldo devedor, o sonho da casa própria torna-se cada vez mais possível.
Principais formas de financiamento
- Banco: o caminho mais utilizado para quem deseja financiar um imóvel, pois é indicado para quem não tem dinheiro para comprar a casa própria à vista. Aqui, o banco paga ao vendedor do imóvel o valor correspondente ao que o cliente deseja financiar.
- Construtora: é indicado para quem deseja adquirir um imóvel de valores mais altos, (geralmente a partir de R$ 500 mil) e quer quitar as parcelas em curto prazo. Nesta opção, a negociação é feita diretamente com a empresa e as regras quanto a aprovação do crédito são menos rígidas, contudo, os juros são mais altos, podendo chegar até 12% ao ano.
- Programa Casa Verde e Amarela: o programa federal oferece subsídio de até R$ 140 mil e visa ajudar as famílias de baixa renda com renda máxima de até R$ 7 mil, e que estejam inseridas no contexto de vulnerabilidade social, a comprar a casa própria.
Além dessas, existe ainda o sistema de amortização. No âmbito financeiro, amortizar significa a redução do valor total do financiamento: caso o cliente/devedor deseje adiantar as parcelas do seu financiamento, ele estará amortizando o valor de seu financiamento/dívida, consequentemente, os juros e taxas inclusos nas parcelas serão reduzidos proporcionalmente ao tempo de antecipação.
Taxas obrigatórias
O contrato do financiamento imobiliário inclui algumas taxas obrigatórias para assegurar o cliente e o credor. Confira abaixo quais são elas:
- Seguro Danos Físicos ao Imóvel (DFI): cobre eventuais danos à integridade física da casa do imóvel em questão. Antes de aprovar o financiamento, o banco solicita a visita de uma empresa avaliadora para vistoriar o imóvel desejado pelo cliente para, então, calcular o valor do seguro. O DFI vai assegurar o morador em casos de incidentes como incêndios, explosões e alagamentos. Este seguro protege tanto o credor como o devedor.
- Morte ou Invalidez Permanente (MIP): é o seguro de vida dos compradores. O valor de indenização corresponde ao saldo devedor em aberto na data em que o acidente aconteceu, de modo que o credor não fique com o débito em aberto caso algo grave aconteça com o devedor.
Requisitos para financiar um imóvel
- Ter mais de 18 anos
- Não ter o nome registrado no SPC ou Serasa
- Cópias originais do CPF, CNH e RG
- Comprovante de estado civil: para solteiros, certidão de nascimento; casados, e certidão de casamento
- Comprovante de endereço, como conta de luz e correspondências bancárias
- Comprovantes de renda (extratos bancários e declaração do Imposto de Renda)
- Cópia da Carteira de Trabalho
- Extrato do Fundo de Garantia (FGTS), caso o comprador queira utilizá-lo no financiamento.
A comprovação de renda é quem vai indicar se o cliente será capaz de cumprir o pagamento das prestações do financiamento imobiliário. Lembrando que o valor financiado não pode ultrapassar 30% de sua renda bruta ou da família. Quanto às condições de pagamento, os valores podem variar de banco para banco, incluindo taxas, juros e seguro.
Como se organizar para fazer um financiamento imobiliário
Faça um planejamento financeiro
Para quem vai casar e/ou deseja começar uma família e está pensando em comprar uma casa no momento, a dica é reorganizar as finanças. É um investimento (e compromisso) a longo prazo, logo, as parcelas, dependendo do prazo previsto no contrato, podem ser muitas. Portanto, considere criar uma poupança dedicada a pagar o financiamento.
Avalie suas necessidades
A escolha da região onde se pretende morar deve ser pensada de acordo com as necessidades que o comprador e sua família precisam: local próximo ao trabalho, boas escolas para os filhos, supermercados e com uma vizinhança segura e de fácil acesso são alguns exemplos. O valor do imóvel deve, além de estar de acordo com sua situação financeira, ser correspondente ao que é oferecido.
Como vimos, o financiamento do imóvel é uma alternativa possível para quem está à procura de uma casa própria. Com paciência e organização, você consegue fazer bons negócios. Este artigo foi esclarecedor para você? Conta pra gente nos comentários.